A Internet é vasta, isso não é novidade. De acordo com o WorldWideWebSize, a Web contém, pelo menos, 1.79 bilhões de páginas indexadas. De acordo com meus cálculos, se você pudesse visualizar uma página por segundo, demoraria quase 60 anos para passar por essa quantidade de páginas. Imagine a dificuldade para organizar tudo isso. O projeto The Internet Map é uma tentativa de visualizar a estrutura oculta da Internet, apesar do seu tamanho colossal. O resultado é um mapa interativo onde é possível visualizar características interessantes da estrutura da Web.
O mapa, que abrange mais de 350 mil websites, hospedados em 196 países, é uma imagem da rede no final ano de 2011. No mapa, todo site é um círculo e seu tamanho é determinado por sua quantidade de tráfego. Quanto maior o tráfego, maior o círculo. Além disso, sites do mesmo país possuem cores iguais. Quando usuários trocam de um site para outro, links são formados. Quanto mais forte o link entre duas páginas, mais elas tendem a se aproximar uma da outra. Os algoritmos utilizados para gerar o mapa são baseados em conceitos da teoria dos grafos e a plataforma de desenvolvimento do Google Maps é usada para exibição.
Podemos ver que Google, Facebook, Yahoo e Youtube são os maiores círculos no mapa, todos hospedados no Estados Unidos. Se observarmos o mapa por completo, veremos que o mapa é organizado em vários clusters, que podem ser identificados pelas cores iguais. Isso evidencia que websites do mesmo país estão mais fortemente interligados. Os Estados Unidos concentram a maior quantidade de tráfego e estão centralizados. No canto inferior esquerdo está a China em amarelo, no inferior direito temos o Japão em roxo, no superior direito vemos a Rússia. É interessante dar um zoom e verificar quais são os sites mais visitados de cada país.
O nosso Brasil é uma pequena mancha amarela na região central inferior. Dos sites hospedados aqui, os maiores círculos são Google BR, UOL, Globo e Orkut.
Você pode ver tudo por si mesmo neste link. Aproveite para clicar nos círculos e obter informações atualizadas sobre cada site, como a posição no ranking global e a porcentagem de usuários da Web que visitam a página. É uma pena que o Dragão Sem Chama ainda não esteja no mapa, mas quem sabe um dia, não é?